Em discurso em uma convenção conservadora em Washington, McCain tentou mostrar que defendeu os interesses desta ala do partido, que lhe deu as costas até agora nas primárias, preferindo Mike Huckabee ou Mitt Romney.
Foi o próprio senador, de 71 anos, que pôs sobre a mesa a questão dos dois projetos de reforma migratória que apoiou nos últimos dois anos. Ambos previam a regularização de milhões de ilegais e foram bloqueados, justamente pela oposição do braço conservador de seu partido.
Quando começou a falar "na questão da imigração clandestina", McCain foi imediatamente vaiado por várias pessoas na sala, enquanto uma minoria tentava abafar os protestos com aplausos.
O congressista, que agora tem apenas Huckabee como adversário, deixou o público expressar sua opinião sem se abalar e depois retomou o discurso. "Uma posição que, evidentemente, continua causando a oposição sonora de vários conservadores", ironizou, antes de justificar sua posição.
"Eu me mantive firme, apesar de saber que poria minha campanha em perigo", declarou aos participantes ao mesmo tempo em que disse "respeitar sua oposição".
"Sei que a grande maioria das críticas está baseada no princípio de defender a lei", ressaltou.
"Aceito e prometo que darei a mais alta prioridade para garantir a segurança das nossas fronteiras", frisou McCain, conseguindo finalmente os aplausos que se sobressaíram às vaias.
"Somente depois que conseguirmos um amplo consenso para que nossas fronteiras sejam seguras, trataremos dos outros aspectos do problema de uma maneira que respeite a lei e não provoque uma nova onda de imigração ilegal", insistiu o senador, ainda sob aplausos.
Equipe JC Online