Esdras Pessoa

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Radialista, fez "Radialismo em Rádio e Televisão" (DRT-PE 2606) no CEFET-PE. Produziu e apresentou diversos programas na Rádio Boas Novas AM, do Recife, durante oito anos. Teve rápida passagem pela Rádio Nova Canaã FM de Palmares e pela Rádio Plenitude FM do Recife. Cursou o TTI - Técnico em Transações Imobiliárias pela INTERFACE, trabalhou dois anos na Imobiliária Paulo Miranda e continua ainda hoje no mercado imobiliário do Recife. Presbítero da Assembléia de Deus em Pernambuco, igreja da qual faz parte desde o berço, congrega na Área 35.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

PROCURA-SE UM PRODUTOR DE RÁDIO


Em algum momento o rádio brasileiro teve uma função profissional muito útil à estrutura de programação da emissora. O produtor foi o cargo mais importante dentro da empresa, pois ele era o responsável direto pelo programa a ser veiculado. O agendamento das fontes, a realização das ligações e até as dicas para o apresentador fazer a entrevista. Tudo passava pelas mãos do produtor. A função era uma extensão da direção da rádio tendo a responsabilidade de manter a plástica da emissora.

Porém a contenção de custos retirou parte das equipes e com isso, houve um acúmulo de funções sobre um mesmo profissional. Na prática, não há mais tempo para o produtor se dedicar à reflexão do que e como deve ser veiculado. Basta estar no ar.

Assim tornamos o rádio mais pobre, pois perdemos a força da reportagem, a solidez do editor e a segurança do pauteiro. Muitas vezes todas estas ações foram incorporadas a um arremedo de profissional que tem de ser multifacetado. Ninguém consegue ser ótimo em todas as posições de jogo. Algumas dessas funções serão desempenhadas do jeito que der.

É a típica economia burra, que tenta otimizar tudo e todos dentro da empresa, mas não faz planos a médio e longo prazo. Na planilha, é fácil cortar gastos, o difícil é fazer a emissora funcionar com todos os cortes. O pior é que este procedimento leva a um efeito em cascata que desestabiliza a programação da emissora, pois a falta de profissionais leva fatalmente a um empobrecimento do conteúdo. A conseqüência é a redução da audiência, seguida do número de anunciantes. Tudo desemboca em um ciclo vicioso difícil de ser rompido.

Nesse momento, o proprietário da empresa troca a equipe, muda o perfil da programação, mas os efeitos demoram estancar a sangria no caixa. Isso se chegar a funcionar...

O plano não depende de uma pós-graduação nos Estados Unidos nem de uma super pesquisa. Basta que a empresa tenha uma boa equipe, bem formada, dinâmica e bem paga. Não é preciso ter um exército de produtores, repórteres, apresentadores. O importante é ter um bom time, que pense junto, trabalhe solidariamente e seja criativo.

Se isso parece conto de fadas, sinto muito. É que você não tem investido na formação uma boa equipe nos últimos anos. Por isso, fica difícil visualizar uma equipe no vácuo criado pelos cortes.

Um bom produtor, alguns bons repórteres e apresentadores podem fazer milagres diante de um mercado cada vez mais medíocre na produção de conteúdos de rádio. Sua empresa pode fazer a diferença, mas tem de haver um plano de investimento e de metas para organizar o processo.

Sem isso, sua rádio será uma presa fácil da fila por esmolas das gravadoras e das agências de publicidade. Nada é difícil quando de pensa profissionalmente.

Fonte: Artigo de Alvaro Bufarah - Rádio Agencia (http://www.radioagencia.com.br/)

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