
A hepatite C provoca uma inflamação do fígado e pode evoluir para casos graves como câncer e cirrose. A doença é causada pelo vírus HCV e transmitida através do contato com sangue contaminado. As formas mais comuns de contágio são o uso de drogas com agulhas e seringas compartilhadas e manipulação com material contaminado que corte ou fure a pele, como lâminas, bisturis, alicates, espátulas e agulhas. No Brasil, das cerca de 3 milhões de pessoas infectadas, quase 90% não sabem que estão com a doença, pois ela raramente apresenta sintomas e pode permanecer no organismo por até 20 anos sem se manifestar.
"Embora praticamente todos os salões de beleza trabalhem com materiais esterilizados, muitas vezes a forma de disposição de alicates nas estufas resulta em uma esterilização incorreta", explica Rafael Sani Simões, infectologista e gerente médico da Roche. A dica do especialista para não se expor ao vírus é que as mulheres tenham seu próprio kit manicure.
Nada impede, porém, que o portador da hepatite C possa ter uma vida normal e a cura para a doença já pode ser considerada uma realidade. Um estudo recente, do Virginia Commonwealth University Medical Center - EUA, apontou que o tratamento com a combinação de dois medicamentos - o interferon peguilado alfa-2a (Pegasys) e a ribavirina - promove a eliminação do vírus da Hepatite C (HCV) do sangue dos pacientes, resultando em uma resposta virológica sustentada, entendida como a cura para esta forma de hepatite.
"Diagnóstico precoce e tratamento adequado são fatores primordiais para que o paciente recupere sua saúde", conclui Simões.
Reportagem: Juliana Mezzato
Um comentário:
que maravilha, de rerpotagem que pena que poucas pessoas sabem disso.
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