Esdras Pessoa

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Radialista, fez "Radialismo em Rádio e Televisão" (DRT-PE 2606) no CEFET-PE. Produziu e apresentou diversos programas na Rádio Boas Novas AM, do Recife, durante oito anos. Teve rápida passagem pela Rádio Nova Canaã FM de Palmares e pela Rádio Plenitude FM do Recife. Cursou o TTI - Técnico em Transações Imobiliárias pela INTERFACE, trabalhou dois anos na Imobiliária Paulo Miranda e continua ainda hoje no mercado imobiliário do Recife. Presbítero da Assembléia de Deus em Pernambuco, igreja da qual faz parte desde o berço, congrega na Área 35.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Relatório da CPI da Exploração do Trabalho Infanto-Juvenil é aprovado

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) aprovou por unanimidade o relatório do deputado Roberto Santiago que institui a Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar a exploração de trabalho infantil.

Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, de 2004, revelam que, naquele ano, de 5 a 9 anos havia 252.050 crianças ocupadas, sendo que, na faixa etária de 10 a 14 anos, esse número era de 1.713.595 adolescentes trabalhando.

A PNAD de 2004 revela, ainda, o seguinte quadro: de 5 a 9 anos, cerca de 70% dos trabalhadores são meninos. Essa predominância ainda se revela na faixa etária de 10 a 14 anos, em que mais de 60% são do sexo masculino. A maioria dos trabalhadores de 5 a 9 anos, mais de 70% está inserida na atividade agrícola; de 10 a 14 anos, essa incidência é de quase 60%.

Ainda na faixa etária de 10 a 14 anos, o maior contingente de trabalhadores está na Região Nordeste, com mais de 45% dos jovens trabalhadores. Em seguida vem a Região Sul e a Região Sudeste, com 17%; a Região Norte Urbana, com 13% e a Região Centro-Oeste, com 5%.

O trabalho precoce acarreta vários malefícios ao desenvolvimento físico e mental dos jovens. São riscos ergonômicos, físicos, biológicos e químicos. Dependendo da atividade, as crianças e os adolescentes estão sujeitos aos seguintes males: postura inadequada, lesões por esforços repetitivos e lesões na coluna pelo levantamento de peso 5 excessivo, ferimentos pelo uso de instrumentos cortantes, desidratação, queimaduras solares, picadas de animais peçonhentos e intoxicação pelo manuseio de agrotóxicos, principalmente na agricultura.

A exploração precoce destes meninos e meninas os mantêm, irremediavelmente, na miséria. Pois a Educação é um dos principais fatores que permite ao jovem e adulto condições mínimas de aproveitar as poucas oportunidades que têm no mercado de trabalho.
A maioria das crianças e dos adolescentes inseridos na atividade agrícola não freqüenta a escola, sendo que os adolescentes que trabalham em atividades não-agrícolas, devido às longas jornadas de trabalho, têm seu aproveitamento escolar prejudicado em relação aos demais alunos.

Fonte: Assessoria do gabinete do deputado Roberto Santiago

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