Esdras Pessoa

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Radialista, fez "Radialismo em Rádio e Televisão" (DRT-PE 2606) no CEFET-PE. Produziu e apresentou diversos programas na Rádio Boas Novas AM, do Recife, durante oito anos. Teve rápida passagem pela Rádio Nova Canaã FM de Palmares e pela Rádio Plenitude FM do Recife. Cursou o TTI - Técnico em Transações Imobiliárias pela INTERFACE, trabalhou dois anos na Imobiliária Paulo Miranda e continua ainda hoje no mercado imobiliário do Recife. Presbítero da Assembléia de Deus em Pernambuco, igreja da qual faz parte desde o berço, congrega na Área 35.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Ciúme – O lado amargo do amor

Muitas vezes idealizado e até romantizado, o ciúme – esse sentimento tão comum aos seres humanos que amam – é, no entanto, expressão de desconfiança e insegurança. Se, de início, as demonstrações de posse podem até "apimentar" o relacionamento, com o tempo tornam-se reações cada vez mais descontroladas. No livro Ciúme – O lado amargo do amor (112 pp., R$ 25,90) – em segunda edição revista, lançado pela Editora Ágora –, o psiquiatra Eduardo Ferreira-Santos mergulha fundo no tema. Ele explicita as causas e as conseqüências dramáticas para as relações afetivas (como dependência, perda de auto-estima e até distúrbios psicológicos graves) e aponta possíveis saídas para situações neuróticas.

A obra analisa particularmente o ciúme excessivo e doentio. Nesses casos, afirma o psiquiatra, a desconfiança é o "alimento" principal. "O ciumento sempre desconfia da outra pessoa. Por isso jamais acredita nela, mesmo que esta consiga provar que suas suspeitas são fantasiosas e infundadas. Por aí se pode perceber que o ciúme se apresenta quase como um verdadeiro delírio, ainda que esse termo seja reservado para casos mais graves", afirma.

O psiquiatra lembra que o ciúme faz parte da nossa raiz histórica. Segundo ele, herdamos a idéia de que esse sentimento é prova de amor. "É conveniente lembrar a célebre frase de santo Agostinho: ‘Quem não sente ciúme é porque não ama’". Essa herança, diz ele, de certo modo ajudou a absolver o ciúme ou pelo menos torná-lo aceitável, apesar de todos os problemas que provoca.

No livro, Ferreira-Santos trata também do ciúme entre amigos, irmãos, colegas de trabalho e até entre pais e filhos. O objetivo é mostrar todas as nuanças que dão ao ciúme uma conotação muito mais próxima da posse, da insegurança e do egoísmo do que do amor.

Reportagem: Ana Paula Alencar

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