Durante as décadas de 70 e 80, a televisão invadiu os lares dos brasileiros e passou a ser o principal eletrodoméstico da casa. A conversa em família, que antes era em torno da mesa do jantar, passou a ser em torno da TV. Os programas de televisão passaram a ser tema de conversa das rodas de amigos.
Os principais vilões das transmissões televisivas eram os fantasmas e os chuviscos na tela, devido à baixa qualidade das antenas comuns, sejam elas internas ou externas. Essas antenas não conseguiam captar os detalhes das transmissões.
Na segunda metade dos anos 80, as antenas parabólicas surgem como uma opção que resolvia o problema da qualidade das imagens de TV. A transmissão é via satélite e a qualidade da imagem satisfatória. O problema foi a disponibilidade dos canais e da grade de programação. Só era possível assistir à programação nacional. Desta forma, nada do telejornal local e nem do futebol do seu estado. Isso incomodava, além do fato que o sinal ficava ruim nos dias de chuva.
A TV por assinatura surgiu, na década de 90, como a solução para todos os problemas. Boa oferta de canais de qualidade, programação local, imagem de boa qualidade, tudo disponível. Bastava pagar o preço… é, o preço!!! A cobrança pelo serviço limitou o acesso de boa parte do público à TV por assinatura. Somente cerca de 20% dos lares têm TV paga.
Existem serviços analógicos e digitais. Os serviços de TV paga digitais já oferecem interatividade entre o usuário e o sistema. É possível parar o programa ao vivo, ter acesso a um menu na tela da TV agendar um evento ou programa.
A TV Digital Pública vem oferecer esses e outros serviços de forma gratuita. A qualidade da imagem deverá ser "de cinema", ideal para as TVs HDTV (High Definition TV), ou TVs de Alta Definição, além da opção de receber a transmissão no formato 16:9, ou widescreen, padrão das telas de Plasma e LCD.
Para captar o sinal da TV Digital, será necessário uma antena que funcione para recepção do sinal digital ou a recepção via cabo coaxial ou linha telefônica, além do Conversor Digital, que traduz ou decodifica o sinal na tela da TV. Alguns modelos de TV já possuem o conversor integrado. Para os demais, o Governo promete subsídios para a aquisição do conversor a baixo custo.
Também vai ser possível criar o seu próprio canal ou conteúdo digital e disponibilizar para o público em geral.
Alguns serviços deverão ser cobrados, como o vídeo sob demanda. Com ele, podemos definir uma lista de programas que queremos assistir e agendar uma data para tornar esse conteúdo disponível.
Com todas essa tecnologia, é natural imaginar a integração da TV com a Internet e o Sistema Telefônico. É o que chamamos de Triple Play, ou a tecnologia que faz a convergência digital dos meios de comunicação.
É o futuro virando presente. E fazemos parte dele.
*Almir Meira Alves é professor de Redes de Computadores e Telefonia IP da FIAP – Faculdade de Informática e Administração Paulista – e da Faculdade Módulo. Engenheiro eletrônico, pós-graduando em Criptografia e Segurança de Redes pela UFF/EB – Universidade Federal Fluminense e Exército Brasileiro.
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